CIAS - Consórcio Aliança para a Saúde - Ministra reforça compromisso com fortalecimento do SUS na abertura do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia

25/11/2024

Ministra reforça compromisso com fortalecimento do SUS na abertura do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia

Ministra reforça compromisso com fortalecimento do SUS na abertura do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia

Nísia Trindade destacou os esforços do Ministério da Saúde em assumir o protagonismo na saúde pública, protegendo populações vulneráveis e enfrentando desafios com inovação e responsabilidade social

 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou, no domingo (24), da abertura do 12º  Congresso Brasileiro de Epidemiologia, realizado no Rio de Janeiro.  Com o tema “A Epidemiologia e a Complexidade dos Desafios Sanitários”, o evento é promovido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e as universidades Federal Fluminense (UFF), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). O congresso, que segue até o dia 27 de novembro, reúne especialistas para discutir e apresentar soluções para os principais desafios da saúde pública. 

Cerca de três mil participantes do Brasil e de outros países estão reunidos no congresso, que tem como foco a atuação para enfrentar os desafios da saúde coletiva, as  desigualdades sociais, aumento da violência e acidentes, saúde mental, doenças infecciosas e emergentes, além dos impactos de extremos climáticos sobre a saúde da população.

A preservação e o avanço da democracia, com inclusão e participação social, são desafios centrais no cenário atual. Em tempos difíceis, é fundamental compartilhar preocupações como as mudanças climáticas, a insegurança alimentar e as lições da pandemia. O título da minha apresentação, ‘Mutação: Tempos de Emergências’, reflete como as emergências se tornaram parte do cotidiano", destacou a ministra durante sua apresentação na abertura do Congresso. 

No Ministério da Saúde, estamos enfrentando esses desafios com inovação, para isso, criamos a Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI) para integrar novas tecnologias e promover uma saúde mais inclusiva”, acrescentou Trindade. 

Ainda durante sua apresentação, a ministra elencou desafios a serem enfrentados resultando no compromisso do Governo Federal  frente às desigualdades sociais, que seguem agravadas por modelos de desenvolvimento excludentes, como, segundo ela, o neoliberalismo. 

Na oportunidade, ela destacou o impacto das mudanças climáticas, que afetam desigualmente diferentes populações, aprofundando as vulnerabilidades existentes; a desigualdade no acesso e na produção de ciência, tecnologia e inovação, limitando o avanço de sociedades mais equitativas; profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas por novas tecnologias e mudanças demográficas; e o papel das novas tecnologias de informação e comunicação, que moldam novas formas de sociabilidade e, ao mesmo tempo, trazem desafios à democracia. 

Coalizão global para ampliar acesso a vacinas e conter a desinformação

Ao falar sobre o G20, realizado no Rio de Janeiro, a ministra falou da criação de uma coalizão global para fortalecer a produção local e regional de vacinas e tratamentos, com foco em países de baixa renda. A iniciativa inclui transferência de tecnologia e cooperação técnica, buscando reduzir desigualdades no acesso a imunizantes. 

Outra prioridade do G20 foi o enfrentamento à desinformação sobre saúde. A ministra lembrou que narrativas falsas, como as que associam vacinas a mortes e doenças graves, têm prejudicado campanhas de imunização, especialmente no caso da COVID-19

Estande da Saúde 

O Ministério da Saúde marca presença no Congresso com um estande organizado pelas secretarias: Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES)Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS)Secretaria Executiva (SE)Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI)

No espaço, são oferecidas informações sobre o Programa de Epidemiologia para Gestores, a atuação da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar e a apresentação do Guia de Elaboração de Planos de Contingência. O estande também conta com painéis interativos, jogos educativos e conteúdos acessíveis que destacam o desenvolvimento científico, tecnológico e a importância do Sistema Único de Saúde (SUS)

As discussões vão se concentrar em questões que atravessam a saúde da população brasileira como: desigualdades sociais e problemas contemporâneos como aumento de violência e acidentes, aprofundamento de questões de saúde mental, doenças infecciosas e emergentes, assim como agravos consequentes de extremos climáticos. 

Compromisso com inovação e equidade

O Ministério da Saúde tem reafirmado seu compromisso com o fortalecimento do SUS, priorizando a equidade e a inclusão, além de enfrentar desafios contemporâneos como doenças emergentes, mudanças climáticas e desigualdades sociais. Entre as conquistas recentes, destaca-se a criação do programa Brasil Saudável, a primeira política governamental mundial focada na eliminação de doenças socialmente determinadas. Em 2024, o Brasil foi reconhecido como o 20º país a eliminar a filariose linfática, consolidando avanços históricos. 

Além disso, o país recuperou o Certificado de Eliminação do Sarampo, perdido em 2019, e ampliou significativamente a cobertura vacinal. “Em 2023, conseguimos aumentar a adesão a 13 das 16 vacinas oferecidas pelo SUS, o que nos tirou da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas, segundo a Unicef e a OMS”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. 

Investimento em ciência 

O fortalecimento da ciência e tecnologia tem sido uma prioridade estratégica. Por meio da reestruturação do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS), o Brasil planeja produzir até 70% das necessidades do SUS até 2033. Com o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), foram destinados R$ 4,2 bilhões para expandir a capacidade produtiva e tecnológica de laboratórios públicos até 2026. 

Esses investimentos não apenas fortalecem nossa soberania na área da saúde, mas também garantem que nossas ações sejam sustentáveis e eficazes a longo prazo”, afirmou a ministra. 

Saúde e ações globais

Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil tem assumido um papel ativo em fóruns internacionais, como o G20. Entre os acordos firmados, estão o apoio ao fundo pandêmico, acesso equitativo a vacinas e iniciativas para enfrentar mudanças climáticas no âmbito da saúde. 

Além disso, o país fortaleceu a abordagem Uma Só Saúde, que integra saúde humana, animal e ambiental, para lidar com desafios globais como a emergência de novas doenças. 

Epidemiologia e inclusão

A vigilância epidemiológica segue como uma ferramenta essencial para a formulação de políticas públicas eficientes. Em 2024, o Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS) completou 24 anos, ampliando suas ações com vagas afirmativas para negros, indígenas, quilombolas e pessoas transgêneras. 

Desde a criação do SUS, a vigilância epidemiológica tem sido um pilar na eliminação de doenças e na melhoria dos indicadores de qualidade de vida da população. “O SUS é um exemplo internacional de como organizar sistemas de saúde baseados na ciência e no diálogo. Nossa missão é promover um SUS que cuide de todos os brasileiros, sem deixar ninguém para trás”, concluiu Nísia Trindade. 

Edjalma Borges - Ministério da Saúde – Categoria - Saúde e Vigilância Sanitária